domingo, 11 de junho de 2017

 [Cavaco] Voltou agora, como sempre fez desde o princípio, com um extravagante elogio da sua pessoa. A acreditar nele, as virtudes que o ornam não acabam mais: "conhecimento, experiência, rectidão, serenidade, realismo e bom senso". Resistirá o cidadão comum a tão perfeito herói? Não é provável. Sobretudo se engoliu o elogio histórico que humildemente o dr. Cavaco se dispensou a si próprio. "Sei bem", avisou ele, "que a minha magistratura de influência produziu resultados positivos"; mas também sabe - e Sócrates que tome nota - que o governo, por pura maldade, não aproveitou como devia essa caridosa benesse. De qualquer maneira, em que abismo estaria hoje Portugal, sem a intervenção de Cavaco? O homem providencial que alertou, que avisou, que estimulou o compromisso (e a moderação), que apontou radiosos caminhos do futuro e defendeu lá fora o santíssimo interesse nacional? Estaria com certeza muito mal, se já não estivesse como está. Em 2010, Cavaco, que mandou uma eternidade em Contento-me com pouco, mas desejo muit

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