segunda-feira, 24 de abril de 2017


   Luís Montenegro, fiel apoiante de Passos

Montenegro apressou-se a afirmar-se um fiel apoiante de Passos Coelho e contrário à realização de diretas. Esperou um dia para o fazer, tempo suficiente para que a mensagem de Relvas ganhasse terreno e o seu nome fosse apontado como sucessor de Passos.

Mas Montenegro não é bem contra as diretas, diz apenas que nunca foi um grande partidário das diretas. Mas o mais curioso é que considera que esse processo foi um fracasso no PS. Viu-se, o seu aliado Seguro perdeu a liderança do PS e o seu partido foi arredado do governo. Enfim, que grande falhanço!

«Luís Montenegro, líder parlamentar social-democrata e apontado como um dos possíveis sucessores de Pedro Passos Coelho à frente do partido, disse este domingo em Leiria ser contra a realização de eleições primárias no seu partido e reafirmou o seu apoio ao actual líder do PSD. O dirigente respondia assim à questão levantada esta semana pelo ex-ministro Miguel Relvas, que defendeu, depois de um almoço-conferência de Luís Montenegro em que também participou, que o PSD devia começar a pensar já em discutir a realização de eleições primárias a seguir às autárquicas de 1 de Outubro para escolher o futuro candidato social-democrata a primeiro-ministro. O assunto deixou incomodadas algumas figuras do partido que preferiam todos no PSD concentrados na preparação das autárquicas.

À margem da IX Academia de Jovens Autarcas, organizada pela JSD de Leiria, Luís Montenegro afirmou não concordar com "essa ideia". "Nunca fui um grande adepto das eleições primárias. Creio que o PSD não precisa de legitimar as suas lideranças por essa via. Não há no panorama político e partidário português essa tradição e a experiência que houve no Partido Socialista foi um perfeito fracasso", salientou.

O presidente do grupo parlamentar do PSD precisou que "se a ideia [do PS] era que houvesse uma mobilização muito grande e representativa de um sentir do povo português, isso caiu por terra, porque o dr. António Costa ganhou as eleições primárias e perdeu - e por muito - as eleições legislativas". Ou seja, "não radicou na realização de eleições primárias nenhum movimento político especial dos eleitores".» [Público]

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