Em 1º plano, à esquerda, o congressista luso descendente Devin Nunes, com Marcelo, na FLAD
| D.R.
O Presidente português reuniu-se em privado com o congressista lusodescendente, homem forte de Trump no congresso
Combate ao terrorismo e a base das Lajes foram os pontos fortes da conversa reservada entre Marcelo Rebelo de Sousa e Devin Nunes, o congressista norte americano lusodescendente, homem forte da administração de Donald Trump na Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA. O encontro realizou-se, só na presença dos respetivos assessores, na sede da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), este sábado.
Ao que o DN apurou Devin Nunes deslocou-se neste dia a Portugal expressamente para esta conversa e para ouvir a intervenção do presidente português no encontro de legisladores luso-americanos, "Luso-American Legislators" Dialogue", organizado pela FLAD, presidida por Vasco Rato. "Estou agora a voltar do médio-oriente e nunca houve como agora tantos combatentes do ISIS e Al-Qaeda, nunca houve na Europa tantos combatentes desses grupos como atualmente. Ainda agora houve um atentado em Paris. Este problema não vai desaparecer e temos de trabalhar de perto com os nossos aliados, reforçar as ligações dos nossos sistemas de defesa e de informações", assinalou aos jornalistas à saída da reunião, confirmando que o terrorismo tinha estado na agenda de Marcelo e que "é um dos maiores problemas" com que os países de defrontam. O congressista olha para Portugal como "um dos mais antigos aliados" e acredita que se ambos os países "se sentarem à mesa e forem honestos um com o outro vão conseguir definir uma estratégia de defesa e de visão a longo prazo".
Essa "visão", Devin Nunes, gostava que incluísse a presença militar dos EUA na base das Lajes, outro dos temas que fez parte da reunião com o chefe de Estado português. "Todos sabem que sempre contestei a política da anterior administração (Barak Obama) e do departamento de defesa em relação à base das Lajes. Foram totalmente inaptos. O mais importante para nós agora é garantir a segurança dos EUA, trabalhar com os nossos aliados e poupar dinheiro dos contribuintes. A base das lajes reúne esses três requisitos. É um ponto central de regiões que têm ganho especial protagonismo - Atlântico, Mediterrâneo e África Ocidental , onde as Lajes e Portugal são cruciais", assinalou.
Momentos antes desta reunião, Marcelo Rebelo de Sousa tinha falado aos políticos lusodescendentes e o terrorismo foi também o tema em destaque. Na intervenção, à porta fechada, o presidente defendeu a importância da relação com os EUA neste combate e destacou o empenho de Portugal na luta contra o terrorismo, lembrando as forças destacadas que tem no Mali e na República Centro Africana. Aproveitou para promover o país como o Estado seguro, socialmente estável e cumpridor das regras europeias.
A encerrar estes encontros da FLAD esteve o ex-presidente Jorge Sampaio. Na mesa de honra contou com a companhia de Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque, além de Devin Nunes, Vasco Rato e do ex-embaixador dos EUA em Portugal, Robert Sherman. Não falou de terrorismo mas de "populismo". "Descobri pessoalmente que um dos problemas mais perturbantes com o populismo emergente é que os populistas são anti-pluralistas, uma vez que reivindicam ser os únicos representantes do povo", assinalou. No entanto, "devem ser criticados pelo que são - um perigo para a democracia - mas não afastados do debate político
A encerrar estes encontros da FLAD esteve o ex-presidente Jorge Sampaio. Na mesa de honra contou com a companhia de Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque, além de Devin Nunes, Vasco Rato e do ex-embaixador dos EUA em Portugal, Robert Sherman. Não falou de terrorismo mas de "populismo". "Descobri pessoalmente que um dos problemas mais perturbantes com o populismo emergente é que os populistas são anti-pluralistas, uma vez que reivindicam ser os únicos representantes do povo", assinalou. No entanto, "devem ser criticados pelo que são - um perigo para a democracia - mas não afastados do debate político
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